terça-feira, 25 de novembro de 2025

Custeio por Absorção: entenda sua aplicação prática

Custeio por Absorção: entenda sua aplicação prática

Custeio por absorção é um método contábil que considera todos os custos na produção. Veja fundamentos, vantagens e como aplicá-lo corretamente.



Custeio por Absorção: entenda sua aplicação prática


Conceito e origem da ferramenta

O custeio por absorção é um dos métodos mais tradicionais utilizados na contabilidade gerencial e na administração de custos. Sua origem remonta à contabilidade industrial clássica, sendo amplamente difundido no século XX com a consolidação das práticas contábeis nas empresas manufatureiras.

Esse sistema é obrigatório pela legislação fiscal e societária brasileira, sendo aceito pela Receita Federal para apuração de tributos, de acordo com a Lei nº 6.404/76 (Lei das S.A.).

Fundamentos do custeio por absorção

O princípio central do custeio por absorção é que todos os custos de produção – fixos e variáveis – devem ser incorporados ao custo dos produtos.

Ou seja, ao calcular o custo de uma unidade produzida, são incluídos:

  • Matéria-prima;

  • Mão de obra direta;

  • Custos indiretos de fabricação (CIF), como depreciação, energia elétrica, supervisão etc.

Esse método está alinhado ao princípio contábil da competência, que exige o reconhecimento dos custos no período em que são incorridos e relacionados à produção.

Vejamos aqui uma imagem exemplo prático e simples: 

imagem exemplo prático e simples do custeio por absorção

Como aplicar o Custeio por Absorção

A aplicação envolve os seguintes passos:

  1. Identificação dos custos diretos: separação da matéria-prima e mão de obra diretamente atribuída ao produto.

  2. Rateio dos custos indiretos de fabricação (CIF): uso de critérios como horas-máquina, horas-homem ou unidades produzidas.

  3. Cálculo do custo total do produto: somando os custos diretos + parcela dos custos indiretos.

  4. Apuração do resultado: confronta-se a receita com o custo dos produtos vendidos (CPV), que incorpora todos os custos absorvidos.

Vantagens do método

  • Atende à legislação fiscal e societária;

  • Permite o registro contábil correto dos estoques;

  • Aproxima o cálculo do custo real de produção;

  • Ideal para empresas industriais ou com grande volume de estoques.

Limitações

  • Pode superestimar os estoques em períodos de baixa produção;

  • Não evidencia claramente a margem de contribuição;

  • Pode dificultar a tomada de decisão gerencial, por mascarar os efeitos dos custos fixos.

Diferença entre custeio por absorção e custeio variável

Diferença entre custeio por absorção e custeio variável


Quando usar o custeio por absorção

  • Obrigatório para fins fiscais e societários

  • Recomendado para empresas que desejam mensurar estoques corretamente

  • Deve ser complementado por ferramentas gerenciais (como o custeio variável ou a análise de margem de contribuição) para melhor apoio à decisão.

Considerações finais

O custeio por absorção continua sendo uma ferramenta essencial na contabilidade empresarial. Mesmo com o avanço de sistemas mais modernos, como o ABC (Custeio Baseado em Atividades), o método por absorção ainda é exigido por lei e amplamente utilizado para fins legais e de compliance contábil.

Sua correta aplicação garante transparência na apuração de resultados, conformidade com normas legais e apoio ao planejamento financeiro da empresa.

Bom trabalho e grande abraço.
Rafael José Pôncio, PROF. ADM.



Conheça também a Ferramenta de Apoio a Decisão:



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

terça-feira, 18 de novembro de 2025

Avaliação 360 graus: um guia completo para implantação

Avaliação 360 graus: um guia completo para implantação

Avaliação 360 Graus é uma Ferramenta ADM da área de Gestão de Pessoas e Liderança

Introdução

A Avaliação 360 graus é uma ferramenta de gestão de desempenho que revolucionou a forma como colaboradores são avaliados nas organizações. Ela proporciona uma visão ampla e integrada do desempenho individual, contribuindo para o desenvolvimento profissional e a melhoria contínua da empresa.

Origem e criador

A ferramenta não possui um único criador formal, mas sua origem remonta à década de 1950, quando a Esmond Harmsworth utilizou um conceito semelhante na Harvard Business Review. A técnica foi popularizada e consolidada por consultorias como McKinsey & Company e outras grandes escolas de administração ao longo das décadas de 1980 e 1990, sendo hoje uma das principais práticas em gestão de pessoas.

Importância e vantagens na organização

A Avaliação 360 graus é considerada uma evolução das avaliações tradicionais (top-down), pois permite coletar feedbacks de múltiplas fontes: superiores, subordinados, colegas, clientes internos e até externos.

Principais vantagens:

  • Visão holística do desempenho: maior clareza sobre pontos fortes e áreas de melhoria.

  • Fortalecimento da cultura de feedback: promove comunicação aberta e construtiva.

  • Desenvolvimento de lideranças: líderes recebem informações valiosas para alinhar seu comportamento às expectativas do time.

  • Engajamento e motivação: colaboradores se sentem ouvidos e valorizados.

  • Aumento da performance organizacional: foco em competências estratégicas e comportamentos desejáveis.

Como implantar a Avaliação 360 graus

Fundamentos principais

  • Multifonte: avaliação realizada por várias pessoas em diferentes níveis hierárquicos.

  • Confidencialidade: garante segurança para quem fornece feedback.

  • Foco no desenvolvimento: prioridade em orientar melhorias, não apenas medir.

Passo a passo para implantação


Avaliação 360 graus

1. Definir objetivos

Estabeleça claramente o propósito da avaliação. Exemplos: desenvolver lideranças, melhorar clima organizacional, identificar lacunas de competências.

2. Planejar e comunicar

Crie um plano detalhado, incluindo cronograma, público-alvo e critérios de avaliação. Explique a todos os envolvidos a importância da ferramenta e como ela será utilizada.

3. Construir os questionários

Elabore formulários com perguntas objetivas e abertas, alinhadas aos valores e competências da organização. Exemplo de dimensões: liderança, comunicação, trabalho em equipe, resultados, inovação.

4. Selecionar os avaliadores

Escolha um grupo equilibrado de avaliadores para cada colaborador: superiores, pares, subordinados e, quando aplicável, clientes internos.

5. Aplicar a avaliação

Utilize plataformas digitais ou formulários físicos para coleta das respostas. Garanta o anonimato.

6. Analisar os dados

Compile as respostas, identifique padrões e principais feedbacks. Utilize gráficos e relatórios visuais para facilitar a interpretação.

7. Realizar devolutivas individuais

Conduza reuniões individuais com cada avaliado para discutir resultados, ressaltar pontos fortes e sugerir planos de desenvolvimento.

8. Monitorar e acompanhar

Acompanhe o progresso dos planos de ação e agende revisões periódicas para verificar evolução.

Cotidiano dos colaboradores

No dia a dia, a Avaliação 360 graus cria uma cultura de aprendizado contínuo. Colaboradores passam a buscar ativamente feedbacks, alinhar comportamentos, fortalecer relações e compartilhar boas práticas.

Para gestores, o modelo facilita decisões mais assertivas sobre promoções, capacitações e gestão de talentos.

Valor para a organização

Quando implantada corretamente, a Avaliação 360 graus gera valor significativo, pois:

  • Reduz turnover e conflitos internos.

  • Potencializa competências essenciais para o crescimento sustentável.

  • Alinha comportamentos individuais às estratégias organizacionais.

  • Cria um ambiente de confiança e responsabilidade compartilhada.

Modelo de Avaliação 360 graus (exemplo prático)

Segue um modelo simplificado para ser adaptado:

Dimensões avaliadas:

  • Liderança e influência

  • Trabalho em equipe

  • Comunicação

  • Orientação para resultados

  • Inovação

Escala sugerida:

1 — Muito abaixo do esperado

2 — Abaixo do esperado

3 — Adequado

4 — Acima do esperado

5 — Excelente

Passos para uso:

  1. Escolher os avaliadores.

  2. Preencher o questionário com base na convivência.

  3. Consolidar respostas.

  4. Preparar relatório visual.

  5. Realizar reunião de feedback.

  6. Definir plano de desenvolvimento.

  7. Reavaliar periodicamente.

Conclusão

A Avaliação 360 Graus é uma poderosa ferramenta para construir equipes mais conscientes, alinhadas e comprometidas com o crescimento individual e coletivo. Ao adotar essa metodologia, a organização fortalece sua cultura de feedback, fomenta o desenvolvimento de lideranças e potencializa resultados estratégicos.

Bom trabalho e grande abraço.

Rafael José Pôncio, PROF. ADM.



Conheça também:



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.          

terça-feira, 11 de novembro de 2025

Visão Sistêmica: ferramenta essencial na administração

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Entenda a visão sistêmica como ferramenta administrativa e sua importância para decisões eficazes e gestão integrada nas organizações.



Visão Sistêmica: ferramenta essencial na administração


O que é visão sistêmica?

A visão sistêmica é uma abordagem gerencial que permite compreender a organização como um sistema interligado, no qual cada parte influencia o todo. Em vez de observar departamentos, tarefas ou pessoas de forma isolada, a visão sistêmica busca entender as conexões, interdependências e os impactos cruzados das decisões.

É uma ferramenta fundamental de administração, principalmente no contexto atual de complexidade e velocidade nas mudanças organizacionais.



Quem criou a visão sistêmica?

A ideia de pensar em sistemas interdependentes foi desenvolvida na década de 1940 por Ludwig von Bertalanffy, biólogo austríaco e criador da Teoria Geral dos Sistemas. Ele propôs que todos os sistemas vivos e sociais funcionam com interações constantes entre suas partes.

Mais tarde, essa teoria foi aplicada à administração por estudiosos como:

  • Peter Senge, no livro A Quinta Disciplina (1990), ao introduzir o conceito de organizações que aprendem.

  • Jay Forrester, pioneiro da dinâmica de sistemas no MIT, que influenciou fortemente o pensamento sistêmico nas empresas.



Por que a visão sistêmica é uma ferramenta de administração?

A visão sistêmica é usada para:

  • Tomar decisões mais integradas e conscientes;

  • Analisar causas e consequências com profundidade;

  • Alinhar metas, setores e processos de forma estratégica;

  • Evitar soluções pontuais que geram novos problemas;

  • Melhorar a comunicação e a colaboração interdepartamental.



Exemplo prático

Imagine uma empresa que decide aumentar as vendas sem consultar o setor de produção. Com mais pedidos, a fábrica entra em colapso, os prazos não são cumpridos, e os clientes ficam insatisfeitos.

A visão sistêmica teria antecipado esse problema, integrando o planejamento comercial à capacidade operacional.



Benefícios da visão sistêmica

  • Redução de conflitos entre áreas;

  • Maior alinhamento com os objetivos estratégicos;

  • Melhoria na gestão de mudanças;

  • Desenvolvimento de lideranças mais conscientes;

  • Aumento da eficiência e inovação.



Como desenvolver a visão sistêmica?

  1. Estude a organização como um todo;

  2. Busque entender o impacto das decisões em outras áreas;

  3. Pratique o pensamento de longo prazo;

  4. Promova a comunicação entre departamentos;

  5. Utilize ferramentas como mapas de processos e análise de causa e efeito.



Visão Sistêmica

Conclusão

A visão sistêmica, apesar de ser uma competência, é também uma ferramenta indispensável da administração moderna. Ela amplia o olhar do gestor, promovendo decisões mais eficazes, sustentáveis e alinhadas ao propósito organizacional.

Seu uso contínuo transforma organizações fragmentadas em sistemas vivos, integrados e inteligentes, preparados para enfrentar os desafios do presente e do futuro.

Bom trabalho e grande abraço.
Rafael José Pôncio, PROF. ADM.




 

terça-feira, 4 de novembro de 2025

José Oreiro transformou a hotelaria brasileira em excelência

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Introdução

Em tempos em que o Brasil abria as portas a imigrantes com sonhos e coragem, um espanhol chamado José Oreiro desembarcou com uma missão: empreender com dignidade e transformar a hospitalidade nacional. Seu nome hoje é sinônimo de pioneirismo na hotelaria moderna, símbolo de um empreendedor que construiu com esforço, visão e ética um império no setor hoteleiro brasileiro.


1. Origens e chegada ao Brasil

Natural da Galícia, na Espanha, José Oreiro Campos chegou ao Brasil em meados do século XX, trazendo na bagagem mais do que documentos e sonhos: trouxe uma mentalidade trabalhadora, disciplinada e profundamente comprometida com a excelência.

Iniciou sua jornada em posições simples no ramo da hotelaria, aprendendo todos os detalhes do funcionamento interno de um hotel. Rapidamente destacou-se por sua organização, liderança natural e foco no cliente.


2. O nascimento de um hoteleiro visionário

Com espírito empreendedor e coragem para assumir riscos, fundou seus primeiros hotéis na cidade do Rio de Janeiro. A proposta era clara: oferecer uma experiência acolhedora, limpa, eficiente e com atendimento de qualidade superior.

Mais que serviços, Oreiro oferecia conforto com alma, estrutura com hospitalidade genuína, sempre respeitando a cultura brasileira e os padrões internacionais.

Ao longo dos anos, seu grupo hoteleiro se expandiu e se tornou referência no setor, sendo procurado por turistas, executivos e viajantes exigentes. Seus empreendimentos também impulsionaram o turismo urbano carioca e de negócios no Brasil.

O Primeiro Hotel Windsor Rio de Janeiro

O primeiro hotel da marca Windsor foi inaugurado em 1986, mas, após ter uma extensa rede de 15 hotéis no Rio de Janeiro, resolveu atender a demanda em Brasília - DF, onde inaugurou em 2015 a primeira unidade e subsequente frente a oportunidade e mais demandas, abriu mais outra unidade no distrito federal, perfazendo assim até a data que escrevo este artigo a totalidade de 17 hotéis.

Atualmente José Oureiro Campos, ainda preside os Hotéis Windsor (2026) e este empreendedor incansável continua a sua gestão preocupado e focado por atendimentos em padrões de qualidade e excelência na sua rede hoteleira.


3. Virtudes e características empreendedoras de José Oreiro

Disciplina e método europeu – Trouxe consigo o rigor da tradição espanhola de hospitalidade, com foco em processos bem definidos.

Humildade no aprendizado – Começou de baixo, apegou-se ao ato de servir sempre com excelência e usou cada etapa como escola.

Foco no cliente – Acreditava que um hóspede feliz vale mais que mil anúncios.

Inovação nos serviços – Introduziu melhorias como atendimento bilíngue, café da manhã aprimorado e padrão de governança impecável.

Resiliência como valor de vida – Superou crises econômicas, alta inflação e desafios regulatórios com firmeza e serenidade.


4. Legado e contribuição para o Brasil

José Oreiro deixou mais que hotéis: deixou uma escola de gestão hoteleira baseada em valores, atendimento humanizado e eficiência operacional.

Influenciou novas gerações de hoteleiros e tornou-se referência entre imigrantes que vieram ao Brasil para construir e não explorar.

Seu nome é lembrado com respeito tanto no meio empresarial quanto entre colaboradores, por seu trato humano, seus princípios e sua generosidade em partilhar conhecimento.


5. Lições de José Oreiro para os empreendedores de hoje

📌 O sucesso não vem do luxo, mas da excelência nos detalhes.

📌 Trabalhar com dignidade é mais valioso que especular com esperteza.

📌 Cada cliente é único — e deve ser tratado como tal.

📌 Ser imigrante não é obstáculo, é oportunidade.

📌 Quem constrói com valores, deixa legado.


6. Curiosidades

  • Tinha o hábito de visitar todos os quartos antes da inauguração de cada hotel, pessoalmente.

  • Valorizava sobremaneira a formação de equipes de confiança, muitas vezes promovendo funcionários internos a cargos de chefia.

  • Sua família seguiu administrando os empreendimentos com os mesmos princípios que ele deixou.

  • Jamais gostou de ostentar: sua vida pessoal era simples, e sua maior alegria era ver o hotel funcionando bem.


Conclusão

José Oreiro representa o que há de mais nobre no empreendedorismo: trabalho honesto, visão de longo prazo e respeito às pessoas. Sua história é a de um construtor de experiências, de trabalho, de marcas e de legado. Um espanhol de nascimento, mas um brasileiro de coração e de vocação empreendedora.



Dos corredores silenciosos ao coração dos hóspedes

José Oreiro construiu mais que hotéis — ergueu confiança, acolheu histórias e ensinou que hospitalidade é servir com alma.

Descubra essa jornada no livro Os Empreendedores que Mudaram o Brasil – Volume 2, publicado pela Editora Labrador, autor Rafael José Pôncio.

📘 Uma leitura que inspira, emociona e revela o Brasil que dá certo, adquira aqui.



terça-feira, 28 de outubro de 2025

Matriz RACI: a clareza de papéis nos projetos

Matriz RACI: clareza de papéis nos projetos

Entenda como a Matriz RACI distribui funções com clareza em equipes e projetos, aumentando a produtividade, a responsabilidade e o foco nos resultados.


O que é a Matriz RACI?

A Matriz RACI é uma ferramenta de administração utilizada para definir papéis e responsabilidades em projetos, processos ou tarefas. O principal objetivo da RACI é deixar claro quem faz o quê, evitando dúvidas, conflitos e sobreposição de funções dentro de uma equipe.

O nome RACI é um acrônimo formado pelas iniciais de quatro tipos de participação:

  • R – Responsible (Responsável pela execução)

  • A – Accountable (Aprovador final, o dono da entrega)

  • C – Consulted (Consultado antes da decisão ou execução)

  • I – Informed (Informado sobre o andamento e os resultados)


Para que serve a Matriz RACI?

A ferramenta é usada para:

  • Distribuir claramente funções em projetos;

  • Evitar duplicidade de esforços e desalinhamentos;

  • Reduzir conflitos de autoridade;

  • Estimular a responsabilidade individual e o foco nos prazos;

  • Melhorar a comunicação entre departamentos e membros da equipe.


Quando aplicar a RACI

A Matriz RACI é especialmente útil quando:

  • Existem muitas pessoas envolvidas em um projeto;

  • tarefas críticas com múltiplos interessados;

  • A equipe está enfrentando problemas de comunicação, atraso ou retrabalho;

  • Você precisa mapear um processo ou workflow.


Como funciona a Matriz RACI

A estrutura é simples: uma tabela que cruza tarefas/atividades (linhas) com pessoas ou cargos (colunas). Em cada célula, você insere a letra correspondente ao papel que cada indivíduo exerce naquela tarefa.

Como funciona a Matriz RACI

Legenda:

  • R – Executa

  • A – Aprova e responde

  • C – Contribui com conhecimento

  • I – É mantido informado

Exemplo prático: lançamento de um novo produto

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Esse exemplo mostra como a RACI ajuda a organizar o fluxo de decisões e evita que duas pessoas tentem aprovar a mesma coisa ou que tarefas fiquem sem dono.


Vantagens da Matriz RACI

  • Clareza de responsabilidades e autoridade;

  • Aumento da produtividade, já que todos sabem suas funções;

  • Facilidade de comunicação e alinhamento;

  • Agilidade na tomada de decisão;

  • Redução de erros, retrabalho e conflitos internos.


Cuidados ao aplicar

Embora simples, a Matriz RACI exige atenção a alguns pontos:

  • Evite atribuir mais de um "A" por atividade, para não gerar conflitos;

  • Tenha certeza de que todo "R" tenha um "A" correspondente;

  • Valide a matriz com a equipe antes da execução;

  • Atualize a matriz sempre que o escopo ou os envolvidos mudarem.


RACI estendida: outras variações

Além da RACI tradicional, existem variações como:

  • RASCI: adiciona o “S” de Support (quem auxilia na execução);

  • RACI-VS: inclui Verifier (verifica a qualidade) e Signatory (assina a entrega);

  • CAIRO: similar, mas com a ordem alterada e o “O” de Omitted (quem deve ser excluído do processo).

Essas variações são úteis em projetos mais complexos ou em ambientes com alto nível de governança.

matriz-raci.png


Conclusão

A Matriz RACI é uma ferramenta poderosa para quem deseja mais clareza, organização e eficiência nos projetos. Ao definir quem faz, quem aprova, quem contribui e quem deve apenas ser informado, a gestão se torna mais fluida, colaborativa e produtiva.

Simples de montar e extremamente eficaz, a RACI pode ser aplicada em qualquer setor — da indústria à educação, do marketing à engenharia. Mais que uma matriz, ela é uma bússola para líderes que desejam responsabilidade compartilhada com foco em resultados.

Bom trabalho e grande abraço.
Rafael José Pôncio, PROF. ADM.



Conheça também:

 Matriz GE/McKinsey: como aplicar e transformar organizações



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