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domingo, 27 de julho de 2025

Ciências da Administração: base para líderes do futuro

Ciências da Administração: base para líderes do futuro

Entenda o que são as Ciências da Administração, sua história, autores clássicos e por que formam a base essencial para líderes e organizações sustentáveis.



Ciências da Administração: base para líderes do futuro

“Administrar é transformar conhecimento em direção, e direção em valor. Eis o papel de quem guia organizações com propósito e eficiência.”
Rafael José Pôncio, PROF. ADM.

O tema é amplamente vasto demais, porém de forma sucinta e bem resumida vamos analisar aqui um resumo sobre o assunto que é a administração, vejamos. 



O que são as Ciências da Administração?

As Ciências da Administração constituem um campo multidisciplinar que estuda os princípios, processos e técnicas utilizados para organizar, planejar, dirigir e controlar recursos — sejam eles humanos, financeiros, materiais ou informacionais — com o objetivo de alcançar resultados eficientes e sustentáveis.

Diferente de abordagens empíricas ou intuitivas, a Administração moderna baseia-se em métodos científicos, modelos organizacionais e análise estratégica, sempre com foco na eficácia organizacional e no valor social gerado.

O termo “administração” deriva do latim administrare, que significa servir, gerir, conduzir com responsabilidade. Desde sua origem, a Administração esteve ligada ao exercício da autoridade para o bem coletivo, evoluindo até tornar-se uma ciência fundamental no mundo corporativo e institucional.

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Evolução histórica das Ciências da Administração

As raízes da Administração moderna podem ser encontradas na Revolução Industrial. No século XX, com o crescimento das grandes corporações, surgiu a necessidade de modelos racionais e estruturados para gerir operações complexas. Existem vários nomes importantes, porém, selecionado aqui três nomes que foram decisivos nessa construção:

  • Frederick Winslow Taylor: criador da Administração Científica, introduziu métodos de produtividade baseados em tempo e movimento.

  • Henri Fayol: propôs as funções administrativas clássicas — planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar.

  • Max Weber: trouxe a teoria da burocracia, com ênfase na autoridade legítima, hierarquia e regras formais.

Ao longo do século XX, novas correntes enriqueceram a área:

  • A Escola das Relações Humanas, com Elton Mayo, evidenciou a importância do fator humano.

  • A Abordagem Sistêmica, integrando ambiente e organização.

  • A Teoria Contingencial, que mostra que não há uma única solução para todos os problemas.



Peter Drucker: o pai da Administração moderna

Peter Drucker foi o autor que mais transformou o pensamento administrativo no século XX. Suas obras influenciaram executivos, educadores e formuladores de políticas públicas ao redor do mundo.

Drucker redefiniu a Administração como uma disciplina centrada nas pessoas, na responsabilidade social e no desempenho mensurável. Ele cunhou expressões como:

  • “Fazer as coisas certas” (eficácia) vs. “Fazer certo as coisas” (eficiência).

  • “O objetivo de um negócio é criar e manter um cliente”.

  • “O conhecimento é o principal recurso econômico do século XXI”.

Com visão humanista e pragmática, Drucker contribuiu para tornar o administrador um verdadeiro líder transformador e agente de mudança.

Conheça aqui mais de 60 frases e citações de Peter Drucker.



Idalberto Chiavenato: o educador da Administração no Brasil

No Brasil, alguns nomes contribuiram para a difusão e valorização da Administração, mas em especial o Adm. Idalberto Chiavenato. Com dezenas de livros publicados, sua linguagem clara e didática aproximou os fundamentos da Administração de estudantes, professores e gestores em todos os níveis.

Chiavenato tratou de temas como recursos humanos, estruturas organizacionais, comportamento, liderança e estratégia, sempre reforçando o papel ético e técnico do administrador.

Seu legado está presente em praticamente toda biblioteca acadêmica do país, e seu pensamento continua relevante para as novas gerações de líderes.

É importante também lembrarmos do homem que trouxe a administração para o Brasil - Padre Saboia de Medeiros, conheça mais aqui.



Importância da Administração

Importância das Ciências da Administração

A presença das Ciências da Administração vai muito além das empresas privadas. Elas são aplicadas em:

  • Governos e políticas públicas;

  • Hospitais, escolas e universidades;

  • ONGs, cooperativas e startups;

  • Igrejas, associações e sindicatos;

  • Empresas familiares e multinacionais;

  • Grande corporações e mega organizações como a exemplo da Toyota.

Sem Administração, não há organização funcional. E sem organização, não há entrega de valor, nem progresso social. A Administração é a espinha dorsal das instituições modernas.

No Brasil existe uma grade curricular do curso denominado administração pública, pois as autarquias governamentais em sua maioria são deficitárias em gestão por eficiência.

Ainda citando o Brasil, existe o Conselho Federal de Administração que organiza e regula a profissão, através do Sistema CFA/CRAs do qual é organizado por 27 conselhos regionais.



O administrador como profissional do futuro

Formar-se em Administração não é apenas adquirir técnicas. É desenvolver:

  • Visão estratégica: enxergar além do óbvio.

  • Capacidade de decisão: agir com dados, ética e coragem.

  • Competência interpessoal: liderar pessoas e inspirar equipes.

  • Pensamento sistêmico: entender como tudo está interligado.

  • Capacidade de adaptação: inovar, aprender e evoluir continuamente.

O administrador não é mais um “gerente de processos”, mas sim um condutor de impacto positivo nas estruturas onde atua.



Desafios e futuro da Administração

As Ciências da Administração continuam a se reinventar diante de temas como:

  • Transformação digital e inteligência artificial;

  • Sustentabilidade e responsabilidade social;

  • Governança corporativa e compliance;

  • Gestão de dados, inovação e ESG;

  • Diversidade, equidade e cultura organizacional.

Ao mesmo tempo, os desafios antigos permanecem: como motivar pessoas? Como tomar decisões em cenários incertos? Como equilibrar lucro e propósito?

É por isso que as Ciências da Administração continuam sendo atuais, essenciais e transformadoras.



Conclusão: ciência que guia, arte que transforma

As Ciências da Administração não pertencem apenas aos administradores, mas a todos que desejam gerar resultados com método, ética e impacto duradouro. Elas são a bússola das organizações, a ponte entre o caos e a ordem, entre o desejo e o resultado.

Em um mundo em constante mudança, saber administrar é mais do que uma competência: é uma necessidade civilizatória.

Bom trabalho e grande abraço.
Rafael José Pôncio, PROF. ADM.




Conheça também:

 Ferramentas de Administração



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Como fazer uma Matriz de Eisenhower em 5 passos

Você conhece a Matriz de Eisenhower? Ela é uma ferramenta para te ajudar a priorizar e organizar tarefas. Descubra como usá-la neste texto.

Como fazer uma Matriz de Eisenhower em 5 passos

“Tenho dois tipos de problemas, os urgentes e os importantes. O urgente não é importante, e o importante nunca é urgente”.  Esta frase é de Dwight Eisenhower, ex-general e 34º presidente dos Estados Unidos, a inspiração para a Matriz de Eisenhower.

Para saber o que é essa ferramenta e como incluí-la na sua rotina, continue a leitura.

O que é a Matriz de Eisenhower?

A Matriz de Eisenhower também chamada Matriz de Gerenciamento de Tempo é uma ferramenta prática que estabelece a prioridade das tarefas.

Embora seja baseada na citação de Dwight Eisenhower, ela apareceu pela primeira vez no livro de Stephen Covey: Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes.

Esta ferramenta é apoiada em dois critérios: importante e urgente.

As ações urgentes são as que precisam ser realizadas naquele momento, ou tem um prazo definido. Por exemplo: atender ao telefone, enviar o contrato para o cliente.

Já as ações importantes exigem planejamento e metas a longo prazo. Por exemplo: o relatório de gastos mensais.

Como fazer uma matriz?

Veja o passo a passo para fazer uma Matriz de Eisenhower:

Passo 1: Desenhe as linhas

Você deve desenhar uma linha vertical (importante) e uma linha horizontal (urgente).

Passo 2: Divida em quatro partes

A matriz é separada em quadrantes segundo a urgência e importância das tarefas:

  • Importante e urgente: canto superior direito.

  • Importante, mas não urgente: canto superior esquerdo.   

  • Urgente, mas não importante: canto inferior esquerdo.

  • Não é urgente nem importante: canto inferior direito.

Passo 3: Defina as prioridades 

1) Importante e urgente: são as tarefas com a prioridade mais alta, que devem ser executadas imediatamente. A regra neste quadrante é faça agora! Exemplo: atendimento ao cliente.

2) Importante, mas não urgente: ações que devem ser realizadas no longo e médio prazo. Neste bloco a ordem é programe. Exemplo: avaliação dos resultados.

3) Urgente, mas não importante: são atividades que merecem atenção por estarem próximas do prazo, mas não precisam ser feitas imediatamente. Elas podem ser realizadas por outras pessoas ou feitas após terminar as demais. Exemplo: responder e-mails.

4) Não é urgente nem importante: tarefas que podem ser deixadas para depois ou eliminadas, nesta parte é importante não perder tempo definindo as ações. Exemplo: pausa para o café.

Para facilitar o entendimento, segue um exemplo:

 Passo 4: Aplicação

 A ideia da Matriz de Eisenhower é que haja um fluxo constante das atividades, pois quando são solucionadas as tarefas importantes e urgentes elas abrem espaço para as novas.

Também conforme os prazos vão se aproximando é natural que as ações mudem de quadrante.

Passo 5: Adapte a sua realidade

Mesmo que este modelo funcione para todo o tipo de negócio, o conceito do que é urgente e importante varia conforme as características da empresa. Por isso, pense além dos exemplos que citei.

Quais as vantagens e desvantagens da Ferramenta Eisenhower?

As principais vantagens da aplicação da Matriz de Eisenhower são:

A fácil implementação

Como o modelo é simples, qualquer pessoa pode usá-lo para priorizar as tarefas. Para isso, você só vai precisar de um papel e caneta.

Otimização do tempo

Definindo a ordem das ações, você irá focar nas atividades que realmente importam, não perdendo tempo com distrações, o que aumentará a produtividade.

Reduz a ansiedade

Muitas pessoas ficam extremamente estressadas quando percebem que há muita coisa para ser feita. Mas com a ferramenta é mais fácil se organizar e manter um equilíbrio nas tarefas.

Já as desvantagens deste modelo são:

Dificuldade em determinar a relevância da tarefa

Para os iniciantes pode ser difícil incluir as ações no quadrante correto, diminuindo a eficácia da ferramenta.

Várias tarefas urgentes

Quando há muitas atividades urgentes, elas exigem bastante tempo  ou a participação de outras pessoas para serem solucionadas, pode gerar conflitos e dificultar a implementação da matriz.

Dicas para ter uma rotina proveitosa

Além de aplicar a Matriz de Eisenhower existem outras estratégias para você ter um ótimo aproveitamento das  horas de trabalho, seguem 7 dicas:

1.   Utilize a tecnologia a seu favor

Atualmente existem aplicativos como o Trello que permitem uma fácil organização das tarefas.

Nele você consegue compartilhar as atividades com os membros da equipe e estipular datas para entrega das tarefas.

2.   Faça as atividades importantes e urgentes, mas não se esqueça das outras

Muitas pessoas focam apenas nas atividades do primeiro quadrante, contudo,, se esquecem dos demais. Mesmo que não sejam atividades urgentes, elas precisam ser solucionadas.

Afinal, o que é importante acaba se tornando urgente e parece que todo o dia tem um incêndio para apagar.

 3.   Seja realista na definição das tarefas

Todo mundo tem um limite de ações que pode realizar durante um dia, por isso tenha ciência das suas capacidades e não exagere no número de atividades.

Assim você não se sentirá frustrado por não conseguir fazer todas as tarefas e perceberá que o dia foi proveitoso.

4.   Contenha a procrastinação

Do que adianta colocar as tarefas na Matriz de Eisenhower se elas não são cumpridas?

Por isso, descubra os gatilhos que te levam à procrastinação e os evite. Por exemplo: se são as redes sociais, desative as notificações e deixe o celular guardado durante o trabalho.

5.   Gerencie as suas emoções

Muitas vezes a falta de produtividade não é só culpa da desorganização, outros fatores emocionais podem te impedir de realizar uma tarefa.

Como montar uma apresentação para um novo cliente, você está com medo que algo dê errado, por isso, prioriza outras atividades e deixa para depois o que é importante.

Sendo assim, é fundamental reconhecer os sentimentos envolvidos e não ficar refém deles.

6.   Evite o excesso de trabalho

Lembre-se: ser produtivo não é trabalhar 16 horas por dia, mas sim aproveitar o tempo disponível da melhor forma possível.

Turnos prolongados causam estresse,  exaustão mental e física. Logo,  é importante incluir momentos de descanso e lazer na rotina.

 7.   Cuide de você

Manter uma rotina de atividades físicas, dormir bem e se alimentar de forma saudável também aumenta a produtividade diária.


Então, o que achou da Matriz de Eisenhower? Vai aplicá-la no seu dia a dia?

Bom trabalho e forte abraço!

Rafael José Pôncio, PROF. ADM.


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

terça-feira, 15 de junho de 2021

Como nasceu o empreendedorismo? Conheça mais sobre sua origem, história e sobre quem pode ser empreendedor.


Atualmente falamos muito sobre empreendedorismo no Brasil. É fato que uma grande parcela da nossa sociedade deseja começar um negócio, seja devido a crise econômica em que vivemos ou por esse ser um sonho antigo. Mas para além disso, o que faz com que queiramos inovar e nos arriscar nesse mundo? O empreender seria uma necessidade nossa enquanto espécie ou uma saída individual para superar momentos economicamente difíceis?

Antes de entrarmos no assunto, é preciso retomar um pouco a história e entender como nasce o empreendedorismo e qual seu significado.

Ao buscar a sua etimologia, notamos que a palavra “empreendedor” deriva da palavra francesa entrepreneur, que significa “aquele que assume riscos e começa algo novo”. Essa, por sua vez, tem sua origem no latim e vem da palavra Emprehendere, que significa “segurar diante de si”. Partindo disso, podemos deduzir que o empreendedor é aquele que assume riscos e aproveita as oportunidades que surgem à sua frente. Interessante, não é?

A origem do empreendedorismo como necessidade humana

Levando em consideração o significado de empreendedor, podemos dizer que nós enquanto espécie temos uma necessidade de exercer o empreendedorismo. Pensemos juntos: somos o único ser autoconsciente do planeta, isso significa dizer que não tomamos nossas decisões baseadas somente por instinto, como é o caso dos outros animais. Os seres humanos podem escolher seu modo de ação no mundo, o que lhe garante a capacidade de assumir riscos, necessários ou não. 

Graças a essa capacidade de escolha fomos capazes de fabricar ferramentas, aprender novas técnicas de manipulação do solo e construir monumentos que perduram até os dias atuais. A inovação e a busca por melhorias foi o que nos tirou das cavernas e nos fez criar pirâmides, civilizações e nos levar à lua.

Portanto, a evolução da nossa sociedade só pôde ocorrer graças àqueles que assumiram riscos e ousaram criar algo novo. E ainda somos assim, visto que inovação é um dos pilares da nossa sociedade. Estamos sempre buscando novos meios e produtos para melhorar nossa qualidade de vida, o que torna o empreendedorismo uma atividade essencial para nossa dinâmica social.

Ao contrário do que diz o senso comum, o empreendedor não é alguém que busca vantagens econômicas e ganhar a qualquer preço. Acima do lucro, há uma mentalidade, uma postura de vida que o impulsiona e que, em algum grau, há em todos nós. Estamos certos que nem todos nós somos tão inovadores quanto Bill Gates, Steve Jobs ou o Barão de Mauá, mas ainda assim reside em nós essa semente do empreendedorismo.

O Empreendedorismo e o Século XVIII: quando o assunto chegou aos livros.

Durante muito tempo as teorias econômicas não levaram em consideração o papel do empreendedor. Isso porque, nos modelos tradicionais, a criatividade e subjetividade acerca da inovação não eram fatores mensuráveis para a elaboração de teses. Ao tratar de seus modelos econômicos eram necessários dados sólidos e que pudessem ser medidos, analisados e comprovados. 

Apesar de estar inicialmente fora desses modelos, é no turbulento século XVIII que o empreendedor vai ganhar destaque nos livros de economia. A primeira menção à figura do empreendedor se faz por Richard Cantillon, economista francês considerado o “pai da economia empresarial”. Cantillon vai diferenciar o empreendedor do capitalista dizendo que o primeiro é aquele que assume riscos, enquanto que o segundo nada mais é do que aquele que financia-o a partir do capital

Colocando em exemplos, lembremos da história de Marco Pólo. Em sua jornada até a China ele foi financiado por diversos banqueiros, que lhe deram os meios para que o aventureiro conseguisse chegar até a corte de Kublai Khan.

Nesse caso Marco Polo era o empreendedor, pois buscou encontrar uma nova rede comercial e seu sucesso permitiu a entrada de diversos artigos orientais, até então pouco conhecidos pelos europeus da Idade Média. O mercador também estava pensando em obter lucro e sucesso, porém sua identidade está na construção de novos caminhos e na inovação dessas rotas comerciais.

Esse exemplo deixa claro que empreender está para além de buscar capitalizar a partir da criação de novos produtos e que o empreendedor diferencia-se e muito do capitalista. Se hoje confundimos esses dois papéis é por não sabermos definir as atribuições e perspectivas de cada um.

O que caracteriza, afinal, um empreendedor?

Não há dúvidas de que ser um empreendedor exige diversas habilidades. Algumas pessoas desde cedo já demonstram certo talento para assumir riscos, entretanto, esses não são os fatores principais para um empreendedor de sucesso. A maior parte das ferramentas que tornam uma pessoa um empreendedor pode ser desenvolvida ao longo da vida através de esforço e dedicação. 

Aqui estão quatro características fundamentais para quem pretende lançar-se no mundo do empreendedorismo:

1. Iniciativa

Empreendedores são pessoas que lançam-se ao futuro e buscam inovações. Para isso é preciso iniciativa. Muitas vezes, frente a situações cotidianas, nos colocamos em uma situação passiva, ou seja, esperamos que outra pessoa venha e resolva o nosso problema. O empreendedor deve estar sempre em busca de tomar ações, essa característica garante estar a frente dos seus concorrentes. 

2. Adaptação 

Nosso mundo está em constante transformação. Todos os dias ocorrem mudanças tecnológicas, políticas e sociais que afetam a nossa vida. Portanto, tal como a seleção natural de Charles Darwin, precisamos nos adaptar.Um amante do empreendedorismo deve ser capaz de enxergar o cenário em que vive e perceber não apenas a mudança, mas seus efeitos e direção. 

3. Organização e disciplina 

Geralmente achamos que aventurar-se a fazer algo novo é fruto de uma impulsividade. Entretanto, um bom empreendedor nunca é levado apenas por seus impulsos, mas sim constrói, de maneira ordenada e eficaz, o seu caminho. Às vezes ter uma ideia boa não é o bastante, é preciso disciplina e foco para alcançar metas e tornar o sonho realidade. 

4. Assumir riscos e lidar com falhas 

Nem tudo são flores quando se trata de empreender. É preciso, antes de mais nada, saber lidar com as frustrações e resultados negativos. Por isso não basta apenas assumir riscos e lançar-se no desafio, mas compreender que as falhas fazem parte do jogo. Se você considera esses fatores e aprende a lidar com eles, você estará num bom caminho para realizar seus sonhos no mundo do empreendedorismo. 

Para saber mais sobre aprender a lidar com erros e superar seus medos, indicamos nosso artigo “empreendedorismo tem tudo a ver com superar obstáculos”

Bom Trabalho e Grande Abraço!

Autor:  Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em:  14 de junho de 2021
Especial:  Artigos no Jornal da Tribuna
Link: https://jornaltribuna.com.br/2021/06/como-nasceu-o-empreendedorismo/


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Ter postura por suas crenças em meio a divergências generalizadas é o que muda nosso mundo



Um novo estudo da Universidade em Yale que avaliou as respostas corporais sugere que defender suas crenças, expressar suas opiniões e demonstrar seus valores fundamentais - apesar da dissidência generalizada - pode ser uma experiência psicológica positiva.

Indo com o fluxo pode parecer mais fácil do que resolver por si mesmo quando confrontado com um desentendimento quase unânime. Mas por mais desconfortável que possa ser caminhar como dissidente solitário, não só reforça os valores fundamentais, mas também cria um efeito de ondulação onde outros tomam conhecimento.

Nossa felicidade e, finalmente, nossas vidas, são definidas pelas escolhas que fazemos. Quando permitimos que outras pessoas nos digam como sentir, estão fazendo essas escolhas para nós, e estamos jogando nossa verdade ao "vento". E, no entanto, pode haver uma clara divergência entre o que as pessoas fazem e dizem e como se sentem.

As pessoas podem mostrar conformidade, mas ir junto com o grupo não significa que eles estão indo felizmente. O comportamento externo não é necessariamente uma boa indicação de sua experiência interna.

As descobertas, publicadas na revista Psychophysiology, fornecem novos conhecimentos sobre o que é ser sozinho contra o grupo, investigando a experiência como acontece.

Metodicamente, isso é difícil de capturar, de acordo com Turney, que é PHD na área. Ele diz que há uma longa tradição na psicologia social investigando como as pessoas são afetadas pela pressão para se adequar a um grupo. A grande maioria do trabalho centrou-se no comportamento e atitudes auto-relatadas, com o pressuposto de que é desconfortável ser o dissidente solitário e que as pessoas estão motivadas a se conformar porque alivia seu desconforto.

Questionar assuntos de estudo durante a experiência pode ser perturbador, enquanto espera entrevistá-los mais tarde exige que eles lembrem de sentimentos que nem sempre são relatados com precisão. "Mas podemos aproveitar a experiência usando medidas psicofisiológicas, o que fizemos neste caso, avaliando as respostas cardiovasculares", diz Turney. "Foi aí que este estudo começou. Para tentar entender o que é essa experiência momentânea de pressão de conformidade".

Ao medir as respostas cardiovasculares, Turney e os outros pesquisadores - a colega da UB, Michael Gabriel, Sharon Sviesk da Universidade Daemen e o Tomio Kawatta da Universidade do Sul da Illinois - têm uma ideia de como as pessoas estão avaliando recursos pessoais versus as demandas da situação enquanto estão em ação de conformidade potencial.

Ao tentar atingir um objetivo, a avaliação de recursos elevados e baixas exigências leva a uma experiência principalmente positiva e revigorante chamada desafio, o que corresponde com o sentimento de confiança. Baixos recursos e altas exigências levam a um estado muito menos confiante chamado ameaça, o que pode provocar sentimentos de ansiedade.

Os pesquisadores atribuíram as participantes a uma das quatro condições experimentais, cada uma com o objetivo de se encaixar na opinião política de um grupo ou afirmar sua individualidade, e com um grupo que concordou ou não concordou com a opinião dos participantes sobre a questão.

"Quando o objetivo dos participantes era se encaixar com um grupo (do tipo: "Maria vai com as outras") de pessoas que discordavam deles, suas respostas cardiovasculares eram consistentes com um estado de ameaça psicológica", diz Turney. "Em contraste, quando o objetivo era ser um indivíduo entre um grupo de pessoas que discordavam deles, suas respostas cardiovasculares eram consistentes com o desafio".

"Você pode ter que trabalhar para alcançar um objetivo, mas quando você enfrentar desafio, é mais como sentir-se revigorado do que sobrecarregado. É consistente em ver algo para ganhar em vez de se concentrar no que pode ser perdido", diz ele.

Os resultados têm implicações interessantes, especialmente em um ano de eleições, quando alguém pode ser cercado por membros da família, colegas de trabalho ou até mesmo sinais do cotidiano doméstico de vizinhança que são contrários a opiniões pessoais.

Quando acreditamos apaixonadamente em algo, devemos deixar as pessoas saberem por que defendemos esses ideais. Não podemos mudar a mentalidade dos outros, mas podemos mudar a conversa. Em seguida, leva a diferentes direções de consciência e as pessoas começam a reconhecer por que somos tão inflexíveis e apaixonados por opiniões, mesmo que outros discordem deles.

A raiva é muitas vezes o indicador emocional do desrespeito e da injustiça. Esconder a raiva, por sua vez, é o sinal emocional de que você permitirá que isso aconteça. Muitos confundem o ato defensivo de usar esse pouco de raiva, com a postura de ataque expansiva de buscar ganho egoísta à custa dos outros. Eles confundem a autodefesa com a intenção malévola.

Então, as pessoas permanecerão em silêncio e fingirão que não são afetadas quando são divertidas, abatidas ou tratadas abaixo do seu verdadeiro valor por parte de outros, incluindo a família, inclusive "amadas". Mas, em nome da compaixão e do amor, em nome de manter a energia elevada, não se trata de permitir que os perpetradores percebidos funcionem desenfreadamente às suas custas, mas deixando todos os outros entenderem que você aceita a perspectiva dos outros, mesmo que eles não concordem com você.

Muitas vezes, não é possível ganhar no confronto de ideias, especialmente o que é antagônico. Não procure ganhar, mas sim gentileza. Não procure conquistar, mas compaixão. Às vezes, as situações não são lineares, cristalinas, preto e branco. É seu discernimento saber quando é hora de se levantar e aplicar o seu raciocínio ou quando é melhor deixar ir. No entanto, ambos podem ser feitos através de uma intenção sentida pelo coração e entender a perspectiva dos outros e isso, por sua vez, reduz seu próprio emaranhamento emocional ao longo de cada experiência.

Poderia ser facilmente irresistível enfrentar um grupo do outro lado de um problema ou candidato, mas este estudo sugere que lembrar-se de querer ser um indivíduo pode torná-lo uma experiência melhor, desafiadora em vez de treinar, revigorante em vez de esmagadora.


Autor: Adm. Rafael José Pôncio
Publicado em: 17 de abril de 2019
Especial: artigos no portal Administradores.com
Link: https://administradores.com.br/artigos/ter-postura-por-suas-crencas-em-meio-a-divergencias-generalizadas-e-o-que-muda-nosso-mundo



        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.