quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Sair da zona de conforto e calcular os riscos

No empreendedorismo, uma forma de garantir que você não vai sair do lugar, é não se arriscar.


Quando falo em se arriscar para conseguir algo, estou falando em sair da nossa zona de conforto e muitas vezes isso é difícil, mas é o fator que calcula aquele que terá sucesso em seu empreendimento e o que não terá.


Não que seja errado estar dentro da sua zona de conforto, pois você cria uma margem de segurança, mas quando não se corre um risco se quer em seu negócio, é preocupante e um alerta para você.


É possível ter garantias palpáveis correndo riscos?


A resposta é não! Risco é basicamente a possibilidade de algo ruim acontecer, por isso algumas pessoas não correm riscos, mas também não saem do lugar, claro que isso não é uma regra, mas a probabilidade é grande!


Quando observamos, os grandes empreendedores foram os que correram os maiores riscos, porque se concentraram nos resultados e não nos obstáculos que teriam que enfrentar.


Caminhar pelo desconhecido é assustador, mas é a única maneira de alcançar o resultado que você ainda não alcançou.


Para alcançar o resultado que você nunca teve, é claro que deve fazer algo que nunca fez antes.


Razão x Emoção


É claro que quando digo em correr riscos, não estou incentivando colocar a sua empresa na linha do trem.


Existem dois tipos de riscos: o emocional e o racional. É necessário saber diferenciar esses riscos para não colocar o seu negócio em perigo, pois os riscos devem ser sempre bem calculados, isso é diferente de ser afoito.


Se usarmos a emoção para decidir sem mensurar e planejar os riscos que poderemos ter lá na frente, é provável que vamos potencialmente arruinar os negócios.


Agora se usarmos a razão mensurando e planejando na hora de tomar uma decisão de risco, é provável que teremos sucesso na execução.


Posso dizer que para você ser um empreendedor de sucesso, é necessário correr riscos de forma racional e focar nos resultados e não nos obstáculos que irá enfrentar no meio do caminho.


Pense que enfrentamos diariamente vários tipos de obstáculos e mesmo assim estamos aqui de pé. 


Então, porque não usarmos essa estratégia em nossa empresa para alcançar o que sonhamos?


Pense e mensure os possíveis riscos que você irá encontrar no meio do caminho e planeje estratégias para cada um que encontrar e se por ventura você se deparar com uma surpresa no meio do caminho, não tenha medo, apenas enfrente.


Sua mente tem uma capacidade incrível para resolver esses tipos de obstáculos.


Bom trabalho e grande abraço.


Adm. Rafael José Pôncio



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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Teoria dos dois fatores de Herzberg


HERZBERG, fundamenta sua teoria da motivação no ambiente externo e no trabalho e defende que a motivação depende de dois fatores: higiênicos e motivacionais, vejamos:

☆ Fatores Higiênicos: São fatores extrínsecos ou ambientais e estão localizados no ambiente de trabalho, como salário, benefícios, condições físicas e ambientais da empresa, diretrizes, clima organizacional, oportunidades e tipo de supervisão recebida, etc.

O termo higiene reporta a um caráter preventivo para evitar fontes de insatisfação do meio ambiente. Quando esses fatores higiênicos são ótimos, evitam a insatisfação, mas não garantem a elevação da satisfação; porém, quando são precários, provocam a insatisfação das pessoas, por isso são chamados "Fatores Insatisfacientes".

☆ Fatores Motivacionais: São fatores intrínsecos e estão relacionados com o cargo em si, com os deveres e as tarefas executadas. Causam um nível de satisfação elevado e duradouro, aumentando a produtividade em níveis acima da média e abrangem sentimentos de realização, crescimento e reconhecimento profissional.

Quando os fatores motivacionais são ótimos, aumentam a satisfação do indivíduo pelo trabalho, mas, quando são precários, evitam a satisfação, sendo denominados de "Fatores Satisfacientes".

Com o intuito de proporcionar uma contínua motivação no trabalho, o indivíduo deve ocupar uma posição que lhe ofereça desafios profissionais, liberdade para decidir, ascensão na carreira, reconhecimento e realização profissional, etc.

O segredo para garantir a motivação dos trabalhadores caracteriza-se pelo enriquecimento das tarefas, ampliando-se as responsabilidades, as metas e os desafios profissionais; sem negligenciar fatores como estabilidade, segurança, benefícios, ferramentas de trabalho, ganhos adequados, bem como proporcionando certo status e reconhecimento profissional.

Vejam o quadro abaixo, que resume bem o que vimos acima:

Fatores que levam à insatisfação
Fatores que levam à satisfação
Política da Empresa
Crescimento
Condições do ambiente de Trabalho
Desenvolvimento
Relacionamento com outros funcionários
Responsabilidade
Segurança
Reconhecimento
Salário
Realização

Frederick Herzberg Irving (18 de abril de 1923 - 19 de janeiro de 2000) foi um americano psicólogo que se tornou um dos nomes mais influentes na gestão de negócios.

Bom trabalho e grande abraço.

Adm. Rafael José Pôncio




Conheça também:

Matriz GUT: uma estratégia para tomar decisões


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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Israel Kirzner e o papel do empreendedor

Israel Kirzner e o papel do empreendedor

Israel Kirzner destacou o empreendedor como agente de descoberta e coordenação, essencial para inovação, liberdade econômica e prosperidade social.


Israel Kirzner: o pensador do empreendedorismo como descoberta

A Escola Austríaca de Economia é um dos ramos mais originais do pensamento econômico moderno. Em meio aos nomes clássicos como Carl Menger, Eugen von Böhm-Bawerk, Friedrich von Wieser, Ludwig von Mises e Friedrich Hayek, um economista do século XX destacou-se ao dedicar sua obra ao papel central do empreendedor. Trata-se de Israel Kirzner, considerado o grande teórico do empreendedorismo como descoberta de oportunidades. Sua contribuição não apenas ampliou o alcance da tradição austríaca, como também inseriu o empreendedorismo no centro do debate acadêmico internacional.

Breve biografia

Israel Meir Kirzner nasceu em Londres, em 1930, filho de judeus ortodoxos. Ainda jovem mudou-se para a África do Sul, onde iniciou seus estudos superiores na Universidade de Cape Town. Mais tarde, estabeleceu-se nos Estados Unidos, ingressando na New York University (NYU), instituição na qual seria professor por toda a sua carreira.

Na NYU, Kirzner tornou-se discípulo direto de Ludwig von Mises, assistindo ao famoso seminário ministrado por ele, que se tornaria um ponto de encontro de futuros expoentes austríacos. Sob a orientação de Mises, obteve seu doutorado em economia em 1957. A partir daí, iniciou uma trajetória acadêmica sólida, publicando livros que marcaram a retomada e a modernização da Escola Austríaca no pós-guerra.

A influência de Mises e a centralidade do empreendedor

A convivência intelectual com Mises foi decisiva. Enquanto Mises enfatizava a ação humana (praxeologia) como fundamento da economia, Kirzner avançou em uma questão específica: qual é o papel do empreendedor nesse processo?.

O livro Ação Humana em pdf, disponível aqui.

Em sua obra, ele demonstrou que o empreendedor é o agente que percebe falhas no mercado, oportunidades não exploradas e possibilidades de arbitragem entre diferentes informações dispersas. Sem ele, o processo de mercado ficaria paralisado.

Israel Kirzner mostrou que o empreendedorismo é mais do que abrir negócios: é a capacidade única de enxergar o invisível e transformar descobertas em prosperidade.


A ideia central: o “alerta empreendedor”

O conceito que tornou Kirzner uma referência mundial é o de alerta empreendedor (entrepreneurial alertness). Para ele, o empreendedor não precisa, necessariamente, de capital ou de tecnologia de ponta; seu diferencial está em enxergar o que os outros ainda não perceberam.

  • O padeiro que nota a demanda por pães integrais em um bairro.

  • A costureira que percebe a procura por roupas personalizadas.

  • O jovem que identifica a possibilidade de usar aplicativos para conectar motoristas e passageiros.

Em todos esses exemplos, o que importa é a capacidade de atenção e descoberta. O empreendedor detecta uma oportunidade latente, age e, ao fazê-lo, contribui para a coordenação econômica e para a redução das ineficiências de mercado.

Essa visão rompe com a ideia de que o mercado é um sistema estático de equilíbrio. Para Kirzner, o mercado é um processo dinâmico que só se movimenta graças ao olhar atento e criativo do empreendedor.

escola-austriaca

Para Kirzner, o empreendedor é aquele que percebe oportunidades onde ninguém olha e, ao agir, transforma a realidade econômica.


Kirzner e Schumpeter: destruição versus descoberta

Ao desenvolver sua teoria, Kirzner dialogou inevitavelmente com outro gigante do pensamento econômico: Joseph Schumpeter.

  • Para Schumpeter, o empreendedor é o agente da destruição criativa: ele rompe estruturas, derruba empresas estabelecidas e cria novas formas de produção.

  • Para Kirzner, o empreendedor é sobretudo um descobridor de oportunidades: em vez de destruir, ele coordena desequilíbrios e amplia a eficiência do processo de mercado.

Ambas as visões se complementam, mas a de Kirzner é especialmente útil para explicar a realidade de economias em desenvolvimento, onde o simples ato de abrir um pequeno negócio já representa uma descoberta significativa.


Obras e contribuições acadêmicas

Entre seus principais livros estão:

  • Market Theory and the Price System (1963) – uma introdução didática à teoria austríaca.

  • Competition and Entrepreneurship (1973) – obra seminal em que apresenta a teoria do alerta empreendedor. (disponível em pdf aqui).

  • Perception, Opportunity, and Profit (1979) – aprofundamento filosófico sobre o papel da descoberta.

  • Discovery, Capitalism and Distributive Justice (1989) – defesa do sistema de mercado como ordem justa e eficiente.

Essas publicações consolidaram Kirzner como o maior sistematizador do papel do empreendedor dentro da Escola Austríaca, dando nova vitalidade ao debate sobre competição e inovação.


Aplicações práticas: a lição de Kirzner para o Brasil

Se aplicarmos a teoria de Kirzner à realidade brasileira, o recado é claro: o desenvolvimento não virá de cima para baixo, por meio de planos governamentais, mas de baixo para cima, pela iniciativa de empreendedores livres

Quando uma comunidade tem liberdade para empreender, surgem mercados locais dinâmicos que resolvem problemas sem depender da burocracia estatal. O dono da padaria, a costureira, o jovem que abre uma startup — todos eles, em conjunto, são agentes da transformação social.

Mas, quando a burocracia é sufocante, os impostos são altos e a insegurança jurídica domina, o potencial do empreendedor é esmagado. A mensagem austríaca, portanto, é também um chamado à liberdade econômica.

Legado intelectual e reconhecimento

Kirzner aposentou-se como professor emérito da NYU, mas sua influência persiste. Seu nome aparece frequentemente em discussões acadêmicas, políticas públicas de incentivo ao empreendedorismo e estudos sobre inovação. Além disso, foi indicado diversas vezes ao Prêmio Nobel de Economia pela originalidade e consistência de suas contribuições.

Seu legado permanece vivo porque trata de algo atemporal: a capacidade humana de perceber, arriscar e criar.


Conclusão

Israel Kirzner mostrou que o empreendedor é o verdadeiro protagonista da prosperidade. Mais do que estatísticas ou planejamentos centralizados, é a iniciativa de indivíduos atentos que transforma sociedades.

A lição de Israel Kirzner é clara: o empreendedor não apenas participa do mercado, ele o move ao descobrir e realizar o que parecia impossível.

empreendedor

Para o Brasil, sua lição é cristalina: liberar as forças criativas do povo significa abrir espaço para que pequenas descobertas se transformem em grandes avanços sociais.

O mercado é um processo vivo. O empreendedor é aquele que, ao descobrir oportunidades invisíveis, move a engrenagem da liberdade e da prosperidade.

Bom trabalho e grande abraço.
Rafael José Pôncio, ADM.




Conheça também:

 O que é ser um empreendedor: conceitos, definições e desafios



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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Responsabilidade pessoal: como a autorresponsabilidade pode ser um diferencial nos negócios

Quando você pensa aonde quer chegar, que fatores considera estarem o impedindo de atingir os seus objetivos? A sua realização profissional depende de muitas variáveis externas e de ações dos outros? O quão preso você está do famoso “se”? Ou seja, daquela ideia hipotética de que se algo fosse diferente, as coisas definitivamente estariam dando certo?

A questão é que as chances dos sonhos e aspirações se concretizarem só são reais quando nos damos conta do nosso papel como agentes de mudanças e como responsáveis pelo que somos e pelo que acontece em nossas vidas. Assumir a nossa responsabilidade pessoal pelas nossas escolhas e pelo controle da nossa trajetória, principalmente no âmbito do trabalho, é fundamental se desejamos ter o protagonismo em nossa jornada.


Se você quer saber como traçar o seu próprio caminho nos negócios, mudando a mentalidade passiva e vitimista e passando a ter uma postura de autorresponsabilidade, acredito que este artigo pode ajudá-lo. Nas próximas linhas, pretendo detalhar o conceito de responsabilidade pessoal e expor ações que o ajudarão a se responsabilizar e assumir o papel de protagonista na sua vida como pessoa de negócios.

O ponto de virada — aceitando sua responsabilidade pessoal

Primeiramente, entenda o que significa ter responsabilidade pessoal, ou assumir uma postura de autorresponsabilidade perante a vida. Consiste na capacidade de atribuir para si a responsabilidade em relação aos seus atos e às suas escolhas, sejam elas positivas ou negativas. É ter uma consciência de que você não é vítima das circunstâncias e tem condições de traçar o caminho que deseja seguir.


Se você não se enxerga nesse papel ou atitude, saiba que essa é uma habilidade que pode ser treinada e desenvolvida. Parar de transferir responsabilidades e culpas só irá fortalecê-lo e trará benefícios para a sua vida. Então, para haver mudanças é necessário fazer algo diferente. Arregaçar as mangas, aceitar a responsabilidade pessoal e partir para a ação, em vez de esperar que as coisas caiam do céu. 

Autorresponsabilidade como diferencial na gestão

Profissionalmente, a autorresponsabilidade pode ser aplicada em diferentes aspectos e pode ser vista como uma competência importante. Vou dar alguns exemplos. Diante de um problema ou obstáculo, o gestor que prioriza a responsabilidade pessoal é aquele que geralmente assume a situação para si e se responsabiliza pela resolução do problema. Quantas vezes, como clientes, já passamos por situações em que problemas eram empurrados de um departamento para outro e ninguém se dispunha a resolver? Frustrante, não é mesmo?


Em outra perspectiva, podemos destacar que empreendedores com autorresponsabilidade não hesitam em assumir seus erros com honestidade e não ficam buscando culpados ou algo para ser “bode expiatório”. Além disso, entendem os erros como uma oportunidade de aprendizagem.


Já em uma visão mais ampla, a autorresponsabilidade pode ser um diferencial para essas pessoas na medida em que elas se enxergam como protagonistas de suas vidas, não criam desculpas ou culpam acontecimentos externos pelas coisas que não se realizam em suas trajetórias profissionais. Entendem que obstáculos fazem parte do caminho, mas são resilientes e responsáveis por traçar os passos e metas que os levarão aos seus objetivos. 

As vantagens de assumir a responsabilidade pessoal no âmbito da gestão

  • Aumento da confiança junto a equipe;

  • Redução de custos e otimização de tempo;

  • Aumento das chances conquistas sólidas de objetivos;

  • Maior retenção de resultados financeiros e o bom nome perante os stakeholders.

Passos para ter autorresponsabilidade 

Agora que você já entende o que significa ter responsabilidade pessoal, mas ainda não sabe como iniciar o processo de assumir a autorresponsabilidade pela sua vida como um todo - para ter congruência deve ser na vida pessoal e no trabalho, sugiro, a seguir, algumas atitudes que certamente contribuirão para a sua evolução. Confira!

Faça uma reflexão e um exercício de autoconhecimento

Primeiro, compreenda como é essa questão da autorresponsabilidade para você. Você se sente responsável pelas suas ações, realizações e pelo que acontece na sua vida? Ou tem uma visão mais pessimista e a tendência de se condicionar às circunstâncias? O que você poderia fazer diferente para atingir seus objetivos profissionais? Nesse sentido, entenda seu papel e pratique o autoconhecimento, identificando seus pontos fracos e fortes e possíveis oportunidades de desenvolvimento. 

Identifique o que o impede de alcançar seus objetivos

Muitas vezes, temos uma série de crenças que nos limitam e nos impedem de mudar. Apesar de não podermos controlar várias coisas — situações, pessoas, cenários, eventos — podemos controlar nossas ações, pensamentos e a forma como agimos diante delas a partir da identificação dessas crenças limitantes. Isso nos ajuda a aceitar a nossa responsabilidade pessoal. 

Assuma seus erros

Esse é um passo muito importante para quem quer assumir uma postura de autorresponsabilidade. Admitir um erro, pedir desculpas e se responsabilizar pela sua correção e solução, em vez de empurrar a culpa, transmite honestidade, dignidade e inspira confiança, qualidades ímpares em qualquer gestor. 

Peça feedbacks

Uma maneira de tomar a dianteira da sua gestão é buscar oportunidades de aprendizado. E uma forma eficiente de se desenvolver é por meio de feedbacks de pessoas em quem você confia e que podem fornecer diferentes percepções de suas ações e comportamentos. Por isso, peça feedbacks e faça uma autoanálise regularmente a partir dessas conversas. 

Trabalhe o seu desenvolvimento

Quem tem responsabilidade pessoal e assume o protagonismo empreendedorial trabalha o seu desenvolvimento com autonomia, não fica esperando que alguém invista ou tome uma atitude nesse aspecto. A busca por conhecimento e aprendizado contínuo é muito importante para qualquer empreendedor que deseja fazer a diferença e deslanchar seu negócio, uma vez que as mudanças no mercado estão ocorrendo com muita rapidez e é fundamental estar preparado e se adaptar. 

Planeje e entre em ação

As coisas dificilmente se concretizam se ficarem somente em um plano abstrato, no campo das ideias. Portanto, entenda onde quer chegar, trace uma estratégia e parta para a ação. Defina metas específicas e visualize o caminho até os seus objetivos. Como já mencionei, não adianta ficar esperando algo acontecer do nada e depois reclamar que tudo é muito difícil, que nada dá certo na sua vida. É preciso empenho e movimento.



Por fim, o que fica de lição de tudo o que foi apontado aqui é que não tem segredo. A responsabilidade pessoal é o único caminho para se ter efetivamente o controle da direção da sua vida, principalmente no âmbito da gestão de negócios. Se você quer ter escolhas, mude de atitude e assuma a autorresponsabilidade agora mesmo.


Bom trabalho e grande abraço.


Adm. Rafael José Pôncio




        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.       

domingo, 7 de setembro de 2014

Por que a educação empreendedora deve ser ensinada nas escolas?


Você sabia que os alunos podem aproveitar os benefícios da educação empreendedora antes mesmo de entrar na faculdade?

Uma educação voltada para o empreendedorismo pode ajudar jovens do ensino fundamental e médio a desenvolver habilidades essenciais para a vida que servirão muito para além das paredes da sala de aula.


Embora o empreendedorismo esteja mais relacionado ao ambiente de negócios, seu conceito vai muito mais além. 


O dicionário define a palavra “empreender” como a habilidade de realizar tarefas difíceis. Ou seja, empreender é superar desafios.


E essa capacidade de superação exige inovação, ousadia e criatividade. Características que podem ser aprendidas.


E porque não aprendê-las logo nos primeiros anos de escola?


Neste artigo, você vai aprender o que é a educação empreendedora e porque ela deve ser ensinada nas escolas.


O que é educação empreendedora


Educação empreendedora é a capacidade de aproveitar oportunidades e ideias e de as transformar em coisas com valor cultural, social ou financeiro.


No âmbito escolar, ela se concentra no desenvolvimento de habilidades do mundo real que ajudarão os alunos a identificar e enfrentar desafios e oportunidades de forma criativa e inovadora.
A educação para o empreendedorismo ensina aos alunos habilidades essenciais para a vida, as formas de:
  • Como colaborar e trabalhar com uma equipe;

  • Como falar em público e preparar uma apresentação eficaz;

  • Como coletar e analisar dados;

  • Como usar as mídias sociais;

  • Como resolver problemas reais e complexos que não têm uma resposta definitiva;

  • Como usar a curiosidade e a criatividade para encontrar uma abordagem inovadora para problemas difíceis.

Rose Mary Almeida Lopes, no livro Educação Empreendedora: Conceitos, Modelos e Práticas, diz que, essa abordagem é “um processo dinâmico de conscientização, reflexão, associação e aplicação que envolve transformar a experiência e o conhecimento em resultados aprendidos e funcionais. Compreende conhecimento, comportamento e aprendizagem afetivo-emocional”.


Em outras palavras, é possibilitar ao aluno que o conhecimento técnico seja aplicado por experimentos dentro e fora da sala de aula para que eles desenvolvam-se como cidadãos críticos e responsáveis.


Além disso, a autora salienta que  “o desenvolvimento e implementação de programas de educação empreendedora podem seguir as recomendações da Unesco para a educação do século XXI, que são aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.”


Fernando Dolabela, em seu livro “ Oficina do empreendedor", o autor diz que, pela primeira vez na história, o que se aprende na escola é rapidamente superado pelo que se aprende fora dela. 


Dolabela destaca que é preciso um processo de aprendizagem que ensine aprender a aprender, encarando os erros como uma oportunidade de aprendizado. 


A importância de uma educação para superar desafios


Vivemos em uma era de transformação global e tecnológica sem precedentes.


"Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes", diz Klaus Schwab, autor do livro A Quarta Revolução Industrial.


Os alunos enfrentarão um futuro incerto cheio de complexas questões globais, sociais e ambientais. De acordo com a pesquisa Future of Jobs do World Economic Forum  , metade das atividades de trabalho de hoje podem ser automatizadas até 2055, criando funções, responsabilidades e desafios completamente novos para a força de trabalho futura.

Portanto, não podemos prever exatamente o que nossos alunos precisarão saber depois de se formarem. Por isso, políticas públicas focadas em uma educação empreendedora proporcionam aos alunos habilidades para solucionar problemas reais, trabalhar em equipe, ter resiliência e empatia.  Características essenciais para enfrentar o que está por vir quando adultos. Além disso, educar os alunos para uma mentalidade empreendedora incentiva a criatividade e a inovação. Para solucionar os desafios de forma inovadora, característica essencial do empreendedorismo, é preciso uma boa dose de criatividade, de criar soluções que ninguém pensou até agora.  Ainda mais, desenvolver essas habilidades nos alunos significa que eles se envolvam de forma construtiva na vida da escola e da comunidade de maneira legítima e autossuficiente. Uma pesquisa realizada pelo instituto êxito, perguntou para os estudantes sobre a importância de existir atividades educacionais voltadas para a aprendizagem sobre empreendedorismo em sua escola, revelou que a imensa maioria (95%) dos estudantes considera importante ou muito importante a educação voltada para o empreendedorismo.

Como inserir a educação empreendedora nas escolas

O site da Nova Escola dá algumas dicas de como inserir o empreendedorismo no currículos das escolas.  O texto diz que é possível já inserir a educação empreendedora logo nos primeiros anos do período escolar, e salienta a importância do ensino ser contextualizado para a realidade dos alunos. Uma sugestão de caminho do que pode ser feito para trabalhar com os alunos na perspectiva da Educação empreendedora feito pelo blog da Nova Escola é:

  • Compreender o problema;

  • Pesquisar jeitos de resolvê-lo;

  • Verificar a possibilidade de colocar uma das soluções em prática;

  • Mudar de ideia ou adaptá-la caso necessário;

  • Conversar com os demais envolvidos sobre qual caminho seguir e argumentar sobre isso, além de escutar e analisar as ideias deles;

  • Permitir se reinventar quando alguma ideia falhar;

  • Ser resiliente e persistente para alcançar o objetivo final.

Um exemplo de sucesso é o projeto 'Educação Empreendedora: Sonhos e Práticas', da escola estadual Américo Martins, em Montes Claros (MG), realizado pela professora de Língua Portuguesa da escola, Sande Polyana Silva Almeida, no ano de 2016. Sande identificou que seus alunos do nono ano do ensino fundamental, apesar da desmotivação, tinham o desejo de ajudar suas famílias. A partir disso, a professora levou estratégias para desenvolver habilidades empreendedoras para dentro da sala de aula. O resultado foi a criação de empresas de reciclagem de diferentes tipos de materiais. No final do ano, eles organizaram uma feira piloto com o tema sustentabilidade, para apresentar e vender seus produtos.  Portanto, inserir a educação empreendedora no currículo escolar é de suma importância se quisermos proporcionar um futuro com um horizonte de oportunidades para os nossos jovens.  Ensinar as habilidades necessárias para solucionar problemas de forma inovadora e criativa, e desenvolver a capacidade do trabalho em equipe, a empatia e resiliência, é o que vai prepará-los para o futuro desafiador que temos pela frente. Bom trabalho e grande abraço. Adm. Rafael José Pôncio


        Reprodução permitida, desde que mencionado o Nome do Autor e o link fonte.